Dissertação - Jéssica Pereira da Silva

Itinerários formativos do Novo Ensino Médio e seus efeitos nos processos identitários e no trabalho docente

Autor: Jéssica Pereira da Silva (Currículo Lattes)

Resumo

Esta dissertação de mestrado teve por intenção investigar os efeitos da Reforma do Ensino Médio nos processos identitários e no trabalho docente de professoras e professores que atuam em uma escola pública localizada no município do Rio Grande, no Rio Grande do Sul. Vinculada à linha de pesquisa de Políticas Educacionais e Currículo, do Programa de Pós-graduação em Educação (PPGEDU), na Universidade Federal do Rio Grande (FURG). Com a adoção da metodologia qualitativa na qual foi empreendida uma investigação por meio de entrevistas semiestruturadas, ao qual permitiu identificar nas falas dos docentes entrevistados, as mudanças ocorridas em seu trabalho a partir da implementação dos itinerários formativos com o currículo do Novo Ensino Médio. Do ponto de vista teórico-metodológico, a pesquisa se pauta nos estudos de Nóvoa (2009; 2014; 1995), Tardif e Lessard (2014), Arroyo (2013), Garcia; Hypolito; Vieira (2005), Costa; Oliveira (2011), Pimenta (1999) e Oliveira (2004), por considerarem que o trabalho e a identidade de um professor são constructos que se alicerçam ao longo da trajetória de vida deste sujeito. Nessa direção, os conceitos de desprofissionalização docente, intensificação e precarização do trabalho docente, são marcos interpretativos fundamentais nas análises desenvolvidas. Neste movimento, foram analisados e apresentados quatro eixos de discussão de acordo com as falas das professoras e dos professores entrevistados, a saber: 1) Implementação do Novo Ensino Médio: a Reforma enquanto Projeto Político; 2) A desvalorização e o processo de (re)invenção docente; 3) A constituição dos processos identitários: as professoras e os professores como autores do seu fazer pedagógico; e 4) Proprietários do seu próprio quintal. Destarte, pode se dizer que o trabalho docente se constitui diariamente no ser-saber-fazer das professoras e professores que ao vivenciá-lo, integra sua identidade docente. Ademais, construir uma práxis que se desenvolva de maneira eficaz, requer um solo fértil, com disposição a receber e conceber os brotos de humanismo mencionados por Arroyo (2013).

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